quarta-feira, dezembro 08, 2010

Amère

Amère


"A cara dela era um repouso estatelado, 
não queria dar-se em espetáculo, mas representava
de outrora grandezas".
Soroco, sua mãe, sua filha . Guimarães Rosa



Dancing on the street, Sebastião Salgado




Preocupações mais que justas: tempo de ponderar, refletir sobre as atitudes alheias já que, como lhe haviam dito, "ninguém sabe lidar direito com isso", "não é fácil para ninguém". Também não sabia direito o que fazer. 
Via ali, a penas, uma vida. Uma história particular de alguém, com momentos felizes e instantes tristes (bem recentes, aliás). 


"Ela não acode quando a gente chama", insistiam. Isso já era sabido - nenhuma novidade. Só se perguntava se colocá-la naquele trem ia adiantar. Se perguntava talvez porque duvidasse, pois não tinha certeza de nada e entendia ainda menos, a cada dia. Mas ali estava uma história e era isso que temia violar. A vida não é fácil para ninguém e estava sendo bem amarga. 


Que faire? Il faut continuer encore. Encore un peu. Pas de sens. 


No final das contas, talvez, um sorriso.